Pesquisa da ABF revela recuperação do setor de franquias no País

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Faturamento do mercado brasileiro no segundo trimestre superou os R$ 41 bilhões

O avanço da imunização da população e a consequente diminuição das medidas de distanciamento social já refletem no mercado de franquias. Pesquisa recentemente divulgada pela ABF (Associação Brasileira de Franchising), a Pesquisa Trimestral de Desempenho revelou que o setor apresentou recuperação no segundo trimestre, mantendo sua trajetória rumo a níveis pré-pandemia.

De acordo com o trabalho, que foi feito em parceria com a empresa de pesquisas AGP, o faturamento do mercado brasileiro de franquias no segundo trimestre deste ano superou os R$ 41 bilhões. No mesmo período de 2019, o desempenho ficou em R$ 43 bilhões. Em 2020, o faturamento do setor entre os meses de abril e junho sofreu um forte revés, cravando R$ 27,720 bilhões.

No acumulado dos últimos 12 meses, a pesquisa mostra que o setor de franquias apresentou uma variação positiva de 4,4%, atingindo a receita de R$ 178,950 bilhões.

Além da vacinação, fatores como a digitalização dos canais de venda e a alta dos índices de confiança empresarial e do consumidor teriam influenciado positivamente o desempenho das franquias.

Ajuste e digitalização
André Friedheim, presidente da ABF, acredita que os números traduzem dois movimentos importantes para o setor de franquias. De um lado, a abertura mais ampla do comércio, principalmente dos shoppings. De outro, ele destaca as iniciativas de ajuste e digitalização tomadas pelas redes, com destaque para a aposta no delivery.

“É importante levar em consideração também que em alguns segmentos, como turismo e alimentação fora do lar, há muita demanda reprimida e mudanças na sazonalidade, de forma que vamos acompanhar de perto o comportamento do setor nos próximos trimestres para ter um quadro mais amplo. Até o momento, mantemos a perspectiva de uma recuperação robusta e uma expansão de cerca de 8% ao final de 2021”, analisa o dirigente.

Ainda de acordo com a pesquisa, o total de empregados setor de franquias ficou praticamente estável, totalizando 1.292.034 trabalhadores diretos nos meses de abril, maio e junho, contra 1.302.338 no primeiro trimestre.

“O franchising tem lutado para manter os empregos, mas diante do cenário ainda desafiador e com incertezas, é preciso que haja avanços na reforma tributária, que inclua a desoneração da folha de pagamento para que o setor também avance na geração de emprego e renda”, complementa o presidente da ABF.


Fonte: Mercado e Consumo