Em carta, secretários de Fazenda pedem à União mais recursos para combate à pandemia

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Documento foi endereçado aos ministérios da Saúde e da Economia. Secretários argumentam que houve redução do custeio de leitos pelo governo federal.

Secretários estaduais de Fazenda enviaram nesta quinta-feira (18) aos ministérios da Saúde e da Economia uma carta na qual pediram mais recursos para a área da saúde enfrentar a pandemia do novo coronavírus.

O documento é assinado pelo presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), Rafael Fonteles, e por 25 secretários. Somente o estado de Roraima não assinou a carta.

Na carta, os secretários argumentam que "urge um imediato aporte de novo orçamento de auxílio aos estados" e que a redução do custeio de leitos, pelo Ministério da Saúde, preocupa os estados.

"Durante a primeira onda, foi possível mobilizar estruturas existentes para atender a demanda da pandemia. A partir da segunda onda, essa estratégia não é viável", diz trecho da carta.

No dia 29 de janeiro, o Ministério da Saúde pediu à Economia crédito suplementar de R$ 5,2 bilhões para custear despesas com a pandemia.

Sem novos recursos, o número de leitos destinados pelo governo federal a pacientes com a doença pode cair à metade.

No pedido, o ministério argumentou que o dinheiro previsto para a saúde no orçamento da União, que aguarda votação do Congresso, já está todo comprometido — R$ 136,7 bilhões.

Segundo o Ministério da Economia, no dia 10 de fevereiro, o Ministério da Saúde alterou o valor de R$ 5,2 bilhões para R$ 2,8 bilhões. A pasta informou que a solicitação da Saúde está em análise.

"A pandemia não cessou e seguiremos enfrentando até final do ano a coexistência de diversas ondas dessa crise de saúde ocorrendo de maneira assimétrica e diversas regiões do Brasil", argumentaram os secretários nesta quinta-feira.

Ainda segundo o documento, os efeitos da vacinação só devem ser sentidos a partir do segundo semestre.

Fonte: G1