Polícia Civil já tem provas que grupo comprou e revendeu milhares de comprimidos de Ivermectina e testes para covid sem o recolhimento de tributos ao estado

Seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Civil nesta terça-feira (17), em residências e estabelecimentos de donos de uma rede de drogarias de Goiânia. Eles são suspeitos de enriquecerem com base na sonegação de milhões de reais em impostos. Esta é a segunda fase da operação que investiga um grupo de empresários que, de acordo as investigações, no início da Pandemia comprou várias caixas de Ivermectina, e de testes para a Covid, mas não recolheu nenhum tributo ao Estado de Goiás.

O grupo, segundo o delegado Marcelo Aires, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), é tão audacioso que, usando notas fiscais falsificadas, entrou em concorrências públicas em cidades do interior, para comercializar os produtos. “O que nós constatamos é que todos eles enriqueceram, muito, exatamente com a compra e venda destes e de outros produtos, sem o recolhimento de um centavo sequer de imposto”, reforça Marcelo.

Segundo o investigador, o prejuízo aos cofres do estado já está sendo apurado pela Secretaria da Economia. No entanto “nós já sabemos que apenas um dos investigados teve um faturamento líquido, no ano passado, de R$ 10 milhões”, relatou o delegado.

Além de sonegação e associação criminosa, os investigados serão indiciados também por crimes contra a saúde pública, uma vez que vários medicamentos acondicionados de forma inadequada foram apreendidos pela Vigilância Sanitária.

Nesta segunda etapa da operação, a DOT e a Secretaria da Economia apreenderam documentos e computadores que, acredita Marcelo Aires, devem ajudar a identificar o total sonegado pela suposta quadrilha. Os nomes dos investigados e da rede de drogarias não foram divulgados.

Fonte: Mais Goiás