Shoppings se unem contra alta de R$ 6 bi em carga com reforma tributária

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A PEC em tramitação no Congresso eleva a carga média do setor de 3,5% para 12%

A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) está montando uma tropa de choque contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 45, que trata da reforma tributária. A PEC em tramitação no Congresso, com apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), eleva a carga média do setor de 3,5% para 12%. Na prática, isso pode resultar em aumento de R$ 6 bilhões nos impostos pagos pelas proprietárias de shoppings ao ano, de acordo com levantamento preliminar realizado pela Fundação Instituto de Administração (FIA), a pedido da associação.

Tropa. A Abrasce montou um grupo de trabalho com tributaristas, diretores financeiros das grandes redes de shoppings e até um ex-secretário da Receita Federal com o objetivo de apresentar aos Poderes Executivo e Legislativo sugestões de ajustes à PEC para evitar a alta na carga tributária do setor. A associação busca uma agenda para tratar do assunto com o relator da PEC 45, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Deixa para depois. O presidente da Abrasce, Glauco Humai, também defende a postergação do debate sobre a reforma tributária. A prioridade do governo federal, segundo ele, deveria ser a reforma administrativa para cortar despesas correntes do Estado e, só depois disso, discutir o futuro dos impostos para sustentar a máquina pública. Humai também diz que a situação das empresas é delicada por causa da pandemia e qualquer alta na carga neste momento colocaria em risco a retomada das atividades.

Fonte: Estadão