Reforma Tributária pode matar startups, diz especialista

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O ecossistema de inovação do agro é um dos mais desenvolvidos e variados do Brasil

A Reforma Tributária que propõe o governo federal pode não sair como o planejado e acabar na morte das startups no Brasil, de acordo com o que afirmou Thomaz Srougi, fundador e executive chairman do dr.consulta. Ele escreveu um artigo que foi publicado pelo portal especializado Neo Feed.

“São empresas como Nubank, Rappi, iFood, QuintoAndar e dr.consulta, que geram empregos, pagam impostos e atraem investimentos estrangeiros, a fim de promover uma verdadeira transformação nesses mercados. Mas todo esse universo está ameaçado pela proposta de Reforma Tributária apresentada pelo governo federal”, comentou.

De acordo com ele, se a reforma for aprovada pelo Congresso da forma como que está, será o fim de todo o mercado de venture capital no Brasil. “Ao invés de aumentar a arrecadação de impostos, haverá, sim, uma debandada de empresas, investimentos e talentos para países que valorizam e incentivam a inovação, e que respeitam o empreendedor.

De imediato, o Brasil perde cerca de R$ 20 bilhões que vêm sendo investidos por ano nesse ecossistema e se coloca na contramão de países que buscam atrair capital estrangeiro, perdendo preferência para outros países emergentes da América Latina e Ásia”, completou.

Um levantamento da Radar AgTech, um extenso mapeamento das startups que desenvolvem soluções para o campo, indicou que o ecossistema de inovação do agro é um dos mais desenvolvidos e variados do Brasil, já que são 1.547 empresas atuando no país. O mesmo levantamento mostrou que o foco de 718 startups está depois da fazenda e 657 empresas desenvolvem serviços e produtos para dentro da fazenda.

“A pandemia deixou claro o quão perigoso é quando somos dependentes de tecnologias e insumos estrangeiros. Não podemos ficar reféns dos outros. Temos capacidade de assumir o protagonismo global, inovar e desenvolver tecnologias, como já começamos a fazer. Mas isso é um investimento contínuo e de longo prazo. Se pararmos um ano, retrocederemos décadas e veremos nossos empregos sendo transferidos para países vizinhos, junto com recursos financeiros e todo potencial tecnológico que temos hoje”, concluiu.


Fonte: Agro Link