Quase metade dos empreendedores tem dificuldade para manter seu negócio. Preço de insumos é desafio para retomada

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Os empreendedores pretendem investir mais em marketing Foto: Stefan Wermuth / Bloomberg via Getty Images

Os aumentos dos custos de insumos e mercadorias são os principais entraves para a economia retomar ao período pré-pandemia. A percepção é de 44% dos empreendedores do Estado do Rio de Janeiro, segundo pesquisa do Sebrae. Eles acreditam que a elevação de preços dos insumos/mercadorias, combustíveis, aluguel e energia prejudica a situação financeira da sua empresa e atrasa o retorno ao período anterior à pandemia. Para 32%, o principal motivo é a falta de clientes, seguida por dívidas com empréstimos (8%) e com impostos (4%). As dívidas com fornecedores (2%) completam a lista.

Hoje, 48% dos empreendedores dizem que ainda têm dificuldades para manter seu negócio. Além disso, 14% acreditam que o pior já passou. Já 13% estão animados com as novas oportunidades, e 25% acreditam que as mudanças foram valiosas para o seu negócio.

Desde o início da pandemia, os pequenos negócios precisaram se adaptar para continuar em funcionamento. Por conta da crise, 59% das empresas estão operando com mudanças. Outros 23% relatam que não alteraram a sua operação, 13% interromperam temporariamente o funcionamento da empresa, e 6% decidiram fechar seu negócio de vez.

"Nos últimos dois anos, houve uma verdadeira mudança de postura, tanto do empreendedor quanto do cliente. A internet e a conectividade ajudam a reposicionar as empresas no mercado e atingir um novo público. Aqueles que conseguiram virar a chave obtiveram melhores resultados. As empresas entendem que precisam de investimentos para superar esse desafio", explica o coordenador de Mercado do Sebrae Rio, Glauco Nunes.

Investimentos
Os donos dos pequenos negócios pretendem investir em marketing, capacitação e na produção de novas soluções. A pesquisa revelou que 27% vão investir na divulgação do negócio, 14% querem modernizar o negócio com novos produtos ou processos, e outros 14% visam a ampliar mix de produtos ou serviços.

Além disso, 10% ampliarão a capacidade produtiva ou de atendimento, 9% investirão em capacitações empreendedoras, 8% reformarão o estabelecimento, 2% farão investimentos na capacitação de funcionários, e 17% não pretendem fazer investimentos.


Fonte: Extra